Conheça 11 poemas famosos para ler com as crianças
11 poemas famosos para ler com crianças – Ler com crianças é sempre bastante divertido. Ler poemas então pode ser ainda muito mais. Isso porque os poemas trazem mensagens bem interessantes. Assim como aguçam a imaginação dos pequenos. E foi justamente pensando nisso que criamos esse post. Aqui você conhece 10 poemas famosos para ler com elas.
A ideia é soltar a imaginação. Além disso trazer ainda mais cultura para o dia a dia das crianças. Quem tem pequenos em casa, ou trabalha com eles pode aproveitar a nossa lista para dar um up na diversão. Antes de começar, entretanto, é recomendado por muitos especialistas criar um cantinho lúdico dentro de casa. Tudo isso para incentivar a criatividade e deixar o momento ainda mais fantástico para os pequenos leitores.
10 poemas famosos para ler com as crianças
E por falar em poema, não podemos esquecer da incrível Cecília Meireles. A primeira opção de poema famoso, portanto, é a Canção dos Tamanquinhos. Ele se trata de um poema curto, mas bastante divertido com onomatopeias. Abaixo segue o poema para acompanhar:
Canção dos Tamanquinhos
Cecília de Meireles
Troc… troc… troc… troc…
ligeirinhos, ligeirinhos,
troc… troc… troc… troc…
vão cantando os tamanquinhos…
Madrugada. Troc… troc…
pelas portas dos vizinhos
vão batendo, Troc… troc…
vão cantando os tamanquinhos…
Chove. Troc… troc… troc…
no silêncio dos caminhos
alagados, troc… troc…
vão cantando os tamanquinhos…
E até mesmo, troc… troc…
os que têm sedas e arminhos,
sonham, troc… troc… troc…
com seu par de tamanquinhos…
Outro poema bastante divertido de Cecília é o Cantiga de Babá. O mesmo retrata a rotina de cuidado da babá para um menino. A história pode soar bastante familiar para as crianças.
Cantiga de Babá
Cecília Meireles
Eu queria pentear o menino
como os anjinhos de caracóis.
Mas ele quer cortar o cabelo,
porque é pescador e precisa de anzóis.
Eu queria calçar o menino
com umas botinhas de cetim.
Mas ele diz que agora é sapinho
e mora nas águas do jardim.
Eu queria dar ao menino
umas asinhas de arame e algodão.
Mas ele diz que não pode ser anjo,
pois todos já sabem que ele é índio e leão.
(Este menino está sempre brincando,
dizendo-me coisas assim.
Mas eu bem sei que ele é um anjo escondido,
um anjo que troça de mim।)
Além da incrível Cecília, também não podemos deixar de fora os poemas famosos de Ruth Rocha. Ela foi uma das maiores escritoras para o público infantil. O primeiro que citamos de Ruth é o chamado Pessoas são Diferentes. O mesmo é ótimo para debater assuntos que envolvam a inclusão social.
Pessoas são Diferentes
Ruth Rocha
São duas crianças lindas
Mas são muito diferentes!
Uma é toda desdentada,
A outra é cheia de dentes…
Uma anda descabelada,
A outra é cheia de pentes!
Uma delas usa óculos,
E a outra só usa lentes.
Uma gosta de gelados,
A outra gosta de quentes.
Uma tem cabelos longos,
A outra corta eles rentes.
Não queira que sejam iguais,
Aliás, nem mesmo tentes!
São duas crianças lindas,
Mas são muito diferentes!
Outro poema de Ruth também bastante conhecido é Chegaram as Férias, o qual a autora criou com Hélio Ziskind. A ideia então remete a chegada da folga das crianças. Além de se tornar bastante familiarizado por elas, o poema pode deixar o assunto bem divertido.
Chegaram as Férias
Ruth Rocha e Hélio Ziskind
Chegaram as férias
que bom que vai ser!
Eu vou passear
pular e correr!
Eu vou dormir tarde,
vou brincar lá fora…
Ver televisão
até fora de hora.
Vou ler o que eu quero,
de noite e de dia…
Brincar com o cachorro,
ou fazer folia!
Chaa…
charará rá rá…
charará rá rá…rá rá…
Com todos os amigos
vou ficar de bem,
Só volto pra escola
no ano que vem!
Sérgio Capparelli também é bastante conhecido entre os poemas famosos para ler com crianças. O poeta traz várias composições infanto-juvenis que encantam os pequenos. Um deles é Mãe.
Mãe
Sérgio Capparelli
De patins, de bicicleta
de carro, moto, avião
nas asas da borboleta
e nos olhos do gavião
de barco, de velocípedes
a cavalo num trovão
nas cores do arco-íris
no rugido de um leão
na graça de um golfinho
e no germinar do grão
teu nome eu trago, mãe,
na palma da minha mão.
Outro também bastante conhecido de Sérgio é Canção para Ninar Dromedário. O mesmo não é tão curto, mas traz bastante entusiasmo.
Canção para ninar Dromedário
Drome, drome
Dromedário
As areias
Do deserto
Sentem sono,
Estou certo.
Drome, drome
Dormedário
Fecha os olhos
O beduíno,
Fecha os olhos,
Está dormindo.
Drome, drome
Dromedário
O frio da noite
Foi-se embora,
Fecha os olhos
Dorme agora.
Drome, drome
Dromedário
Dorme, dorme,
A palmeira,
Dorme, dorme,
A noite inteira.
Drome, drome
Dromedário
Foi-se embora
O cansaço
E você dorme
No meu braço.
Drome, drome
Dromedário
Drome, drome
Dromedário
Drome, drome
Dromedário.
O escritor Lalau, por sua vez, também é aclamado pelo público infantil. Assim como outros poetas acima, seu poema traz palavras lúdicas. Além disso mexe com a imaginação dos pequenos entonando objetos e animais da infância. Abaixo citamos dois poemas famosos de Lalau para ler com crianças. São eles:
ABC da Passarada
Lalau
Andorinha
Bem-te-vi
Coleirinha
Dorminhoco
Ema
Falcão
Graúna
Harpia
Inhambu
Jacutinga
Lindo-azul
Mainá
Noivinha
Oitibó
Pintassilgo
Quiriri
Rolinha
Sabiá
Tico-tico
Uirapuru
Viuvinha
Xexéu
Zabelê
Gaivota
Lalau
Gaivota
Vive lá no céu.
Gaivota vai,
Gaivota volta,
Gaivota vai,
Gaivota volta,
E os ovos?
Quando é que
A gaivota
Bota?
E para concluir não podemos deixar de citar Vinícius de Morais. Conhecido por trazer magia aos seus textos, Vinícius encanta as crianças até hoje. Abaixo dois de seus poemas famosos são mencionados. Se você possui filhos ou pretende entreter crianças, com certeza eles serão boas leituras.
A porta
Vinícius de Moraes
Eu sou feita de madeira
Madeira, matéria morta
Mas não há coisa no mundo
Mais viva do que uma porta.
Eu abro devagarinho
Pra passar o menininho
Eu abro bem com cuidado
Pra passar o namorado
Eu abro bem prazenteira
Pra passar a cozinheira
Eu abro de supetão
Pra passar o capitão
A Casa
Vinícius de Moraes
Era uma casa
Muito engraçada
Não tinha teto
Não tinha nada
Ninguém podia
Entrar nela não
Porque na casa
Não tinha chão
Ninguém podia
Dormir na rede
Porque a casa
Não tinha parede
Ninguém podia
Fazer pipi
Porque penico
Não tinha ali
Mas era feita
Com muito esmero
Na Rua dos Bobos
Número Zero.
O Menino Azul de Cecília Meireles
O menino quer um burrinho
para passear.
Um burrinho manso,
que não corra nem pule,
mas que saiba conversar.
O menino quer um burrinho
que saiba dizer
o nome dos rios,
das montanhas, das flores,
– de tudo o que aparecer.
O menino quer um burrinho
que saiba inventar histórias bonitas
com pessoas e bichos
e com barquinhos no mar.
E os dois sairão pelo mundo
que é como um jardim
apenas mais largo
e talvez mais comprido
e que não tenha fim.
(Quem souber de um burrinho desses,
pode escrever para a Ruas das Casas,
Número das Portas,
ao Menino Azul que não sabe ler.)
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