Poesia o que é e Quais os Tipos?
Declamar poesia é uma arte agraciada por muitas pessoas. Afinal, o texto traz diversos sentimentos, assim como tenta sensibilizar quem a está ouvindo. O Brasil mesmo possui diversos poetas reconhecidos. Entre eles estão Carlos Drummond de Andrade, assim como Vinícius de Moraes e Cora Coralina, por exemplo.
Há quem se pergunte também o que é poesia, assim como quais são seus tipos na literatura. Se esse é o seu caso, não se preocupe. Decidimos responder aqui todas essas dúvidas e de quebra deixar algumas trechos bastante conhecidos para inspiração. Acompanhe.
Afinal, o que é Poesia?
Poesia é considerado um texto literário composto por diversos versos. Ele tem como características a combinação de palavras, assim como a possibilidade de fazer rimas ou não. Considerada uma das artes mais antigas do mundo, o texto poético tem seus registros em hieroglifos egípcios há muitos séculos antes de Cristo.
Antigamente as poesias eram utilizadas como manifesto. Ou seja, muitos escritores e artistas a utilizavam para mostrar seus sentimentos. Seja de felicidade, assim como protesto, dor ou tristeza. Tudo era transmitido através dos versos simples da poesia. Atualmente o texto traz mais metáforas como figuras de linguagem também.
Como a poesia é formada?
Outro ponto característico da poesia é o formato em que o texto é montado. Isso porque diferente do texto normal, a mesma é dividida em versos. Os quais também são agrupados em estrofes. Justamente para dar o tom de “canção”, visto que muitos dizem que ela nasceu para ser cantada.
Ela pode ser formada por:
- Poema de dois versos chamado Dístico;
- Poema de 10 versos chamado Décimo;
- Poema de 14 versos chamado Soneto;
- Poema com mais de 15 versos, a qual é chamada Ode.
Quais os tipos de poesia?
Por falar em como ela é formada, não podemos deixar de comentar que poesia também tem tipos. De acordo com a literatura, a mesma pode ser dividida em três deles. Poesia Lírica, Épica e Dramática. Abaixo explicamos um pouco mais sobre cada um deles.
Poesia Lírica
É aquele tipo de poesia que tem como foco expressar sentimentos. O texto em si narra uma visão social do mundo. Assim com tem o estilo mais rigoroso de todos. O mesmo traz em seu aspecto versos, ritmo, estrofes e rimas muito bem trabalhadas. A mesma também leva esse nome em sinônimo de masculinidade, onde antigos poetas carregavam consigo um instrumento musical chamado lira.
Na poesia lírica o poeta fala diretamente com o leitor. Além disso traz sentimentos, estado de espírito e percepções. Um exemplo de poesia lírica é de Luís de Camões. Abaixo segue uma das delas.
Amor é fogo que arde sem se ver
Luís de Camões
Amor é fogo que arde sem se ver,
é ferida que dói, e não se sente;
é um contentamento descontente,
é dor que desatina sem doer.
É um não querer mais que bem querer;
é um andar solitário entre a gente;
é nunca contentar-se de contente;
é um cuidar que ganha em se perder.
É querer estar preso por vontade;
é servir a quem vence, o vencedor;
é ter com quem nos mata, lealdade.
Mas como causar pode seu favor
nos corações humanos amizade,
se tão contrário a si é o mesmo Amor
Poesia Épica
Outro tipo de poesia é a chamada Épica. Neste caso ela se trata de um texto mais objetivo. Isso porque traz em seu conteúdo histórias consideradas importantes pelo autor. Geralmente também é um texto mais longo e narrativo. Assim como celebra uma ação mais grandiosa, heroica, mitológica ou lendária também.
Dentre os exemplos de poesia Épica podemos citar obras famosas como:
- Ilíada – Criada por Homero;
- Odisseia – Criada por Homero;
- Eneida – Criada por Virgílio;
- Os Lusíadas – Criada por Luís de Camões;
- Caramuru – De Santa Rita Durão.
Poesia Dramática
Outro exemplo de poesia é o gênero dramático. Assim como o modelo Lírico, o modelo dramático também traz sentimentos. Normalmente o ator coloca sobre o texto sentimentos intensos que está vivendo, ou então viveu no passado. Acredita-se que poesias como elas se originaram de tragédias gregas antigas.
Dentre os exemplos clássicos de poema dramática estão: Versos Íntimos, de Augusto dos Anjos.
Versos Íntimos
Augusto dos Anjos
Vês! Ninguém assistiu ao formidável
Enterro de sua última quimera.
Somente a Ingratidão – esta pantera –
Foi tua companheira inseparável!
Acostuma-te à lama que te espera!
O homem, que, nesta terra miserável,
Mora, entre feras, sente inevitável
Necessidade de também ser fera.
Toma um fósforo. Acende teu cigarro!
O beijo, amigo, é a véspera do escarro,
A mão que afaga é a mesma que apedreja.
Se alguém causa inda pena a tua chaga,
Apedreja essa mão vil que te afaga,
Escarra nessa boca que te beija!
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