A Menina que roubava livros
A Menina Que Roubava Livros foi publicado pela primeira vez em 2005, e lançado no Brasil em fevereiro de 2007, onde de lá para cá virou um livro muito querido pelo público brasileiro, vendendo mais de 2 milhões de exemplares no Brasil e mais de 8 milhões de cópias pelo mundo.
Essa história tocou o coração de leitores ao redor do mundo por seu jeito envolvente e diferente de narrar um tema pesado e triste da história, a Segunda Guerra Mundial.
A Menina Que Roubava Livros que tem como narradora a própria Morte, que no meio de tanto caos se vê encantada com uma pequena sobrevivente ladra de livros.
É um livro de leitura fácil, envolvente, linear e fluida, com personagens bem construídos, que não deixam pontas soltas, mas com certeza é um daqueles livros que impactam e a história fica com você por muito tempo.
Assim como dito no livro, “Quando a morte conta uma história, você deve parar para ler”.
Ficou curioso para conhecer a história? Nesse artigo você vai conhecer um pouco mais sobre A Menina Que Roubava Livros. Além de conhecer o autor que escreveu esse grande sucesso.
A Menina que roubava livros sinopse
Para começar, o livro retrata a trajetória da menina Liesel Meminger, entre os anos de 1939 a 1943.
A menina é uma verdadeira sobrevivente, filha de uma a mãe comunista, perseguida pelo nazismo, desde pequena ela precisou achar formas de sobreviver.
Precisando de dinheiro, a mãe decide dar as crianças em adoção, sendo assim, ela e as crianças viajam de trem em direção ao subúrbio em uma área pobre de Molching, cidade próxima a Munique, para que as crianças possam viver sob os cuidados do casal Hans e Rosa Hubermann, um pintor desempregado muito talentoso e uma dona de casa mau humorada.
No entanto, no trajeto de trem a caminho para a nova morada, o menino acaba morrendo no colo da mãe. É no funeral de seu irmão que Liesel acaba despertando a curiosidade da morte. Em uma época em que a Alemanha era devastada diariamente pela guerra e a Morte tinha muito trabalho a fazer, ela acaba se vendo curiosa quanto à pequena ladra de livros.
A Morte é uma narradora incomum e se vê pasma diante da violência humana, a mesma dá um tom leve e divertido a esta história que tem um cenário duro da Alemanha nazista. A menina que roubava livros apresenta um confronto entre a infância perdida de Liesel e a crueldade do mundo adulto em meio ao cenário da Segunda Guerra Mundial.
É no funeral também que a menina tem o contato com o seu primeiro livro, pois no momento do enterro, por um descuido, o coveiro deixa cair um livro na neve. O Manual do Coveiro. O primeiro livro, de muitos que a menina iria roubar ao longo dos próximos anos.
No entanto, havia um problema, a menina ainda não sabia ler. Em tempos de livros incendiados, seu pai adotivo começa a lhe ensinar a ler e a menina começa a desenvolver o amor pela literatura. Além de lê-los na biblioteca, ela começa a roubá-los.
Desta forma, Liesel encontra nos livros e nas amizades feitas na nova cidade a força necessária para enfrentar as dificuldades da vida .
A menina ainda ajuda o pai adotivo a esconder em um porão um autor judeu que escreve livros artesanais para contar a sua versão da história que estava sendo escrita naquela época.
Se você gostou da história e quer se aprofundar ainda mais na vida desses personagens, vale a pena conferir a adaptação para as telas de cinema de A menina que roubava livros lançada no final do ano de 2013, mas que só chegou ao Brasil em 2014.
Agora que você já conhece um pouco da história de A menina que roubava livros, conheça também um pouco da vida do autor Markus Zusak, o responsável por trazer a vida personagens tão icônicos.
Biografia do autor Markus Zusak
Markus Zusak é um autor australiano nascido em Sydney no dia 23 de junho de 1975, seu pai é austriaco e sua mãe alemã, países fortemente afetados pelo nazismo
A história vivida pelos seus pais e a forte presença do nazismo em seus países de origem, inspiraram o autor a escrever A menina que roubava livros. Até mesmo algumas histórias escritas por Markus em seu livro são recordações da infância da sua mãe.
O trabalho de pesquisa de Markus Zusak também é notável, a ambientação da obra foi capaz de criar cenários vividos na mente do leitor. Para escrever a obra, A menina que roubava livros, o autor foi até a Alemanha, onde realizou um extenso trabalho de pesquisa sobre o tema, checando informações em Munique, o autor foi tão comprometido em sua busca por informações que visitou, até mesmo o campo de concentração de Dachau, um dos marcos do nazismo.
Além do best-seller mundial, A menina que roubava livros, obra que esteve presente nas listas de mais vendidos de todos os países onde foi publicado, o autor também recebeu prêmios de grande prestígio. Dentre eles, o prêmio Livra Jovem do Ano, da Publisher’s Weekly e Livro do Ano para Leitores mais Velhos concedido pelo Conselho Australiano de Livros Infantis pela obra “Eu sou o mensageiro”.
Markus Zusak também é autor da trilogia composta pelos livros “O azarão”, “Bom de briga” e “A garota que eu quero”.