Biblioteca de Ouro do Budismo Tibetano: Manuscritos secretos de 10.000 anos atrás
Uma descoberta surpreendente foi feita no monastério de Sakya (Academia Tibetana de Ciências Sociais), um templo budista no Tibet. Mais de 84.000 rolos de escrituras budistas, obras de literatura, filosofia, astronomia e outras ciências foram encontrados escondidos atrás de uma parede de 60 metros de comprimento e 10 metros de altura.
A Descoberta
Estes pergaminhos e sutras, escritos à mão em tibetano, sânscrito, chinês e mongol, permaneceram ocultos e intactos durante séculos, contando a história do Tibet através de várias disciplinas como filosofia, ópera, poesia, medicina e geologia. Esta enorme biblioteca, agora conhecida como a biblioteca de ouro do budismo tibetano, foi encontrada no principal santuário sagrado da seita Sakyapa, uma das últimas seitas de velhas escolas não reformada de origem indiana.
O Monastério Sakya
O Monastério Sakya, também conhecido como Pel Sakya ou “Terra Branca”, é um monastério budista situado a 25 km ao sudeste de uma ponte que está a cerca de 127 km a oeste de Shigatse na estrada para Tingri no Tibet. Foi fundado em 1073 por Konchok Gyelpo e é a sede da escola Sakya (ou Sakyapa) de budismo tibetano.
A Revolução Cultural e a Preservação dos Manuscritos
Apesar da Revolução Cultural comunista na última década do governo de Mao Zedong de 1966 a 1976, todos os livros da biblioteca sobreviveram intactos. A entrada da biblioteca permaneceu selada e intocada durante vários séculos. Atualmente, os textos ainda estão sendo decifrados por cientistas da Academia Tibetana de Ciências Sociais.
A descoberta desta biblioteca de ouro do budismo tibetano no Monastério Sakya é um testemunho da rica história e cultura do Tibet. Ainda há muito a ser aprendido com esses manuscritos antigos, e os esforços para decifrar e preservar esses textos valiosos continuam. A biblioteca oferece uma janela única para o passado, permitindo aos pesquisadores uma visão sem precedentes da história, filosofia, literatura e ciência do Tibet.
Fonte: Academia Tibetana de Ciências Sociais (Tibetan Academy of Social Sciences)