Estes pergaminhos e sutras, escritos à mão em tibetano, sânscrito, chinês e mongol, permaneceram ocultos e intactos durante séculos, contando a história do Tibet através de várias disciplinas como filosofia, ópera, poesia, medicina e geologia. Esta enorme biblioteca, agora conhecida como a biblioteca de ouro do budismo tibetano, foi encontrada no principal santuário sagrado da seita Sakyapa, uma das últimas seitas de velhas escolas não reformada de origem indiana.
O Monastério Sakya, também conhecido como Pel Sakya ou “Terra Branca”, é um monastério budista situado a 25 km ao sudeste de uma ponte que está a cerca de 127 km a oeste de Shigatse na estrada para Tingri no Tibet. Foi fundado em 1073 por Konchok Gyelpo e é a sede da escola Sakya (ou Sakyapa) de budismo tibetano.
Apesar da Revolução Cultural comunista na última década do governo de Mao Zedong de 1966 a 1976, todos os livros da biblioteca sobreviveram intactos. A entrada da biblioteca permaneceu selada e intocada durante vários séculos. Atualmente, os textos ainda estão sendo decifrados por cientistas da Academia Tibetana de Ciências Sociais.
A descoberta desta biblioteca de ouro do budismo tibetano no Monastério Sakya é um testemunho da rica história e cultura do Tibet. Ainda há muito a ser aprendido com esses manuscritos antigos, e os esforços para decifrar e preservar esses textos valiosos continuam. A biblioteca oferece uma janela única para o passado, permitindo aos pesquisadores uma visão sem precedentes da história, filosofia, literatura e ciência do Tibet.
Fonte: Academia Tibetana de Ciências Sociais (Tibetan Academy of Social Sciences)